Bernardo reage a ameaças das teles de ações na Justiça

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reagiu duramente às supostas ameaças das empresas de telefonia de acionar a Justiça novamente, em função da terceira revisão do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU III). “Não é sensato o concessionário ameaçar o poder concedente. Pode não melhorar o problema e, o pior, até piorar”, alertou hoje Bernardo, depois de participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados.

A possibilidade de a Justiça ser acionada veio à tona diante das modificações que estão sendo propostas pela conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Emília Ribeiro, sobre a terceira revisão do plano, e que estarão na pauta do Conselho Diretor da agência amanhã.

Se aprovadas, as modificações representariam um “retrocesso”, conforme a visão das empresas, em relação ao que está sendo negociado com o governo desde novembro no ano passado, quando as teles retiraram as ações judiciais para discutir a questão com o governo. Bernardo observou, porém, que não tem notícia de nenhuma mobilização das empresas nesse sentido e que está aguardando a apresentação final do PGMU III pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Questionado se o governo estaria abandonando o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) em prol do PGMU para universalizar o serviço de internet rápida do País, o ministro observou que não julga razoável deixar as empresas de fora do processo de universalização da banda larga. “Se me perguntar se acho que todo o dinheiro deve ir para a Telebrás, vou dizer que não acho razoável, pois as operadoras privadas também têm que ser cobradas em suas responsabilidades”, enfatizou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo