O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse acreditar que até julho o governo fechará as negociações que restam com os governos estaduais para a implementação do projeto de reforma tributária.
Quando questionado por jornalistas se, até mesmo os governos estaduais que são da oposição aceitarão os termos da União, ele foi taxativo: "isso não tem nada a ver com ser de oposição ou não. Se a proposta do governo for para melhor, ela vai ser aceita", disse ao acrescentar que, atualmente, a proposta "tem tudo para ser aceita pelos governadores".
"Ela (a reforma tributária) está muito bem construída", afirmou ao emendar que a proposta acabará com a guerra fiscal ao mesmo tempo em que mantém a política de desenvolvimento regional dos Estados.
Em entrevista antes de sua palestra no XIX Fórum Nacional no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Bernardo foi questionado sobre o tempo de implementação da reforma no País. Ele considerou ser razoável um prazo de dois anos para a aprovação e regulamentação do texto e adiantou que este é um prazo muito bom, visto que esta reforma é debatida há cerca de 20 anos no Brasil e nunca foi realizada. "É uma tarefa para esta gestão de Lula", afirmou.