Belo é transferido para presídio no Rio

Depois de uma semana preso com outros 34 criminosos na Polinter, na zona portuária do Rio, o pagodeiro Marcelo Pires Vieira, o Belo, foi transferido hoje para o presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte, onde dividirá uma cela com 11 pessoas.

Condenado a oito anos de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico, Belo aguardará vaga para um presídio em Bangu. O Ary Franco, porta de entrada para o sistema penitenciário do Rio, é um local de triagem. Tem capacidade para 958 presos, mas abriga 1130.

Desde quarta-feira, a defesa do pagodeiro está com o advogado criminalista Clovis Sahione, que não foi encontrado hoje para informar os próximos passos para tirar o cantor da prisão. Ele pode recorrer no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). Tânia Martins, assessora de imprensa de Belo, disse que qualquer decisão só deverá ser tomada na semana que vem.

“Estávamos esperando o Belo ser transferido da Polinter para ver como proceder. Com a troca de advogados, há uma burocracia, por isso, ele (Sahione) só deve agir na segunda-feira”, informou Tânia. Abatido, o cantor deixou a Polinter às 11h15 num camburão, sem as algemas usadas quando foi preso, no dia 5. Ao chegar ao Ary Franco, acenou para um fã.

O pagodeiro foi preso em casa, num condomínio da zona oeste. Ele estava escondido num lavabo que foi camuflado por uma parede de gesso e um bar. O artista é acusado de negociar com um traficante a compra de um fuzil AR-15. Em troca, daria dinheiro para o bandido comprar drogas. Mulher de Belo, a modelo Viviane Araújo, acompanhou a saída do cantor da Polinter, mas não quis falar com a imprensa.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, o pagodeiro não terá direito à visita íntima, apenas banho de sol. Para o almoço de hoje no Ary Franco, foram servidos arroz, feijão, bife de panela e salada de legumes.

Vigília

Durante os sete dias em que ficou preso na Polinter, Belo teve o apoio de fãs, a maioria mulheres. “Estou muito triste. Desde que ele foi preso, só como pão”, disse Elizabeth Santana, de 35 anos, que esperava ver o ídolo por um instante que fosse. “A transferência do cantor foi um procedimento normal. Não houve tumulto nas celas, só as fãs do lado de fora que ficavam insistindo para levarmos bilhetes e cartas”, contou o delegado titular da Polinter, Luiz Alberto de Andrade.

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