Rio – Condenado a seis anos de prisão por associação para o tráfico de drogas, o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, recebeu permissão para passar o dia fora da cadeia, trabalhando. Preso há um ano e meio, deve voltar para a unidade prisional todas as noites. A progressão do regime fechado para o semi-aberto foi concedida pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Carlos Augusto Borges.

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A advogada de Belo, Sandra Almeida, que acompanha seu caso desde dezembro, informou que o cantor se tornou diretor operacional da Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes (Amar) do Rio. De acordo com ela, ele lida com gravações de músicas. O salário seria de R$ 2.800.

A entidade negou a informação. "Houve algum engano. Ele não está trabalhando aqui", afirmou, à tarde, uma funcionária que se identificou como Glaucenir. A moça disse que sequer existe estúdio de gravação na associação. A advogada confirmou a contratação: "Belo está lá. Vai ver eles não estão querendo divulgar para as pessoas não ficarem ligando, incomodando".

O pagodeiro deixou o presídio Ary Franco, na zona norte do Rio, de manhã, rumo ao Centro de Observação e Reintegração Social Roberto Lyra, na região central da cidade. É lá que ele cumprirá o restante de sua pena. O cantor pode sair do centro de segunda a sexta-feira, às 7 horas, e tem de voltar até as 20 horas. O trabalho será das 9 às 18 horas.

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Não é permitida a visita à sua residência, fins de semana e feriados deverão ser passados na cadeia. Belo não planeja fazer shows neste primeiro momento, mas quer compor. O cantor deve dar uma entrevista coletiva até o fim da semana, disse a advogada.

Belo foi condenado pela 34ª Vara Criminal do Rio em dezembro de 2003. Conversas comprometedoras entre o cantor e o traficante Waldir Ferreira, o Vado, ex-gerente do tráfico na Favela do Jacarezinho, no Rio, foram gravadas. Belo aparece oferecendo dinheiro em troca de "tecido fino" e de "tênis AR", o que significa cocaína e fuzil AR-15, respectivamente, segundo a polícia.

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