BC não recebeu proposta de liquidação do Nacional

O Banco Central ainda não recebeu nenhuma proposta para encerramento de liquidação do Nacional ou do Econômico, informou o diretor de Liquidações e Administração do BC, Gustavo do Vale, em entrevista nesta segunda-feira (27) no Rio. Na semana passada, foram publicadas na imprensa matérias dizendo que o Unibanco poderia comprar a parte do Nacional que continua em liquidação. Em 1995, Nacional e Econômico tinham grandes rombos, muito mais dívidas que ativos. Sofreram intervenção do BC, receberam empréstimos do Proer (programa de fortalecimento e reestruturação de bancos) e foram divididos cada um em duas partes. As chamadas "partes boas" foram vendidas. No caso da do Nacional, para o Unibanco. As "partes ruins" ficaram com as dívidas do Proer e em liquidação pelo BC.

Para que as liquidações sejam encerradas, os controladores precisam pagar as dívidas do Proer, segundo o diretor do BC. "Temos dívidas e garantias. O que estamos dizendo é que uma mata a outra. Na nossa cabeça, entrega as garantias e está pago o Proer", afirmou.

O diretor explicou que a visão jurídica do BC baseia-se nas leis de falência, que prevêem o pagamento pela transferência das garantias para o credor. Segundo Vale, os controladores de alguns bancos em liquidação têm outra visão jurídica, baseada não na lei de falências, mas na lei da Taxa Referencial (TR).

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