Pelo segundo mês consecutivo, o Banco Central (BC) reviu para cima a projeção de inflação que orienta as suas decisões sobre a política de juros. De acordo com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje (30), em vez de 5%, agora a diretoria do BC trabalha com inflação próxima de 6% no ano que vem. Esse valor está muito próximo do teto de 6,5% da meta oficial, fixada pelo Ministro da Fazenda em junho último.
Depois de dois anos consecutivos sem conseguir cumprir as metas do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), 2003 será um teste para o novo presidente e para o sistema que foi implementado em junho de 1999. Este ano, pelas estimativa do BC, a inflação deverá ser de 6,7%. Até setembro, o IPCA acumulou alta de 5,60%. O resultado projetado para este ano pelo BC está acima do teto de 5,5% estabelecido. Em 2001, o IPCA de 7,67% também foi maior do que o valor máximo permitido, que era de 6%. ?A depreciação cambial foi o principal fator responsável para essa revisão?, justificam os diretores na ata da última reunião do Copom.