O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), como era amplamente esperado por analistas, decidiu manter a taxa básica de juros norte-americana inalterada em 5,25% ao ano. Segundo o Fomc, o crescimento menos vigoroso da economia norte-americana tem sido "substancial", mas alguns riscos de inflação permanecem.
De acordo com o Comitê, quaisquer novos apertos monetários dependerão de indicadores. O Fomc também destacou que as leituras feitas por especialistas do núcleo de inflação "têm sido elevadas" e que a economia dos EUA provavelmente vai se expandir num ritmo moderado. O Fomc também ressaltou que os preços mais baixos de energia têm ajudado a moderar inflação.
Segue-se a íntegra do comunicado divulgado pelo Fomc ao fim da reunião de hoje.
"O Comitê Federal de Mercado Aberto decidiu hoje manter sua meta para a taxa dos Federal Funds em 5,25%.
"O crescimento econômico desacelerou-se ao longo do ano, refletindo em parte um arrefecimento substancial do mercado de moradias. Embora os indicadores recentes tenham sido variados, parece provável que a economia vá se expandir num ritmo moderado nos próximos trimestres.
"As medições do núcleo da inflação têm sido elevadas e o alto nível de utilização dos recursos tem o potencial de sustentar pressões inflacionárias. Contudo, parece provável que as pressões da inflação se moderarão ao longo do tempo, refletindo o ímpeto reduzido dos preços da energia, expectativas de inflação contidas e os efeitos cumulativos das decisões de política monetária e outros fatores a restringirem a demanda agregada.
"Apesar disso, o Comitê julga que alguns riscos de inflação persistem. A extensão e o momento de qualquer aperto adicional que possa ser necessário para lidar com esses riscos dependerão da evolução da perspectiva tanto da inflação como do crescimento econômico, tais como implicados pelas próximas informações.
"Votaram a favor da decisão de política monetária: Ben S. Bernanke, chairman; Tomothy F. Geithner, vice-chairman; Susan S. Bies; Donald L. Kohn; Randall S. Kroszner; Frederic S. Mishkin; Sandra Pianalto; William Poole; Kevin M. Warsh; e Janet L. Yellen. Votando contra esteve Jeffrey M. Lacker, que preferia uma elevação de 25 pontos-base na meta da taxa dos Federal Funds nesta reunião.