BC diz que volume de crédito bancário mantém tendência de alta

O volume de crédito do sistema financeiro manteve trajetória de expansão no mês de agosto e atingiu o total de R$ 452,8 bilhões em empréstimos. Um aumento de 1,3% sobre o volume de operações registrado em julho e crescimento de 10,5% no acumulado do ano, elevando para 26,4% a relação com o Produto Interno Bruto (PIB), conforme revelou hoje o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.

Ele disse que a tendência de alta nas operações de crédito decorre, principalmente, do aumento de empréstimos com recursos livres. Fato que condiz, segundo ele, com a recuperação da demanda interna, com reflexo na procura por financiamentos para girar o mercado na produção e no consumo. Altamir Lopes também destacou o desempenho favorável das operações com pessoas físicas, “compatível com a melhora das condições de emprego e renda”.

Do total da carteira de empréstimos, R$ 274,3 bilhões foram movimentados pelos bancos privados, com incremento de 1,6% no mês e de 12,8% no ano. Participação mais ativa que a dos bancos oficiais, com R$ 178,5 bilhões e aumentos de 0,9% no mês e de 7% no ano. As operações com recursos livres somaram R$ 258,3 bilhões (57% do total) e as parcelas com recursos direcionados chegaram a R$ 163,9 bilhões (36,2%). O setor público financiou R$ 19,2 bilhões, e o restante ficou por conta das operações de “leasing”.

O crédito destinado ao setor privado totalizou R$ 433,6 bilhões em agosto, com acréscimo de 1,2% na comparação com julho. As pessoas físicas ficaram com R$ 104 bilhões (mais 2,6%), enquanto as empresas tomaram R$ 154,3 bilhões (mais 1,6%), a habitação ficou com R$ 23,8 bilhões (cresceu 0,3%). O setor rural ficou com R$ 48,1 bilhões (mais 2%). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) movimentou R$ 90,5 bilhões.

Essas movimentações ajudaram a elevar a média dos saldos diários da base monetária (dinheiro em circulação), que atingiu R$ 72,5 bilhões no mês de agosto, com expansão de 0,7% no mês e de 12,4% nos últimos doze meses. O saldo em papel-moeda somou R$ 49,5 bilhões, com evolução de 0,8%, e as reservas bancárias aumentaram para R$ 23 bilhões, com evolução de 0,5%.

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