O relatório trimestral de inflação do Banco Central (BC), divulgado hoje, avalia que a economia brasileira tem dado sinais "de continuar sendo um destino importante não só de investimentos de portfólio, mas também de crescentes volumes de investimento direto".

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De acordo com o BC, isso reflete a melhora nos fundamentos da economia, "especialmente os indicadores de solvência externa", que levaram a um aumento na resistência aos efeitos de turbulências nos mercados financeiros internacionais. "Essa avaliação encontra suporte, por exemplo, nos ainda baixos níveis do prêmio de Risco País recentemente observados, dado o padrão histórico", destaca o documento.

A melhora dos indicadores de solvência externo do País têm permitido uma redução do Risco Brasil em relação ao padrão histórico, conforme o BC. "De fato, a média do prêmio de risco Brasil medido pelo Embi+, que foi de 542 pontos-base em 2004, reduzindo-se para 399 pontos-base para e 235 pontos-base respectivamente em 2005 e 2006, encontrava-se ao redor de 180 pontos-base antes do aumento da volatilidade".

A queda do risco, de acordo com o texto do Relatório de Inflação tem consolidado a perspectiva de alcance do investment grade (grau de investimento) no médio prazo.

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O documento do BC ainda destacou que o Risco Brasil teve uma alta pequena com o crescimento da volatilidade nos mercados internacionais. "Ressalta-se ainda que esse aumento no prêmio de Risco País foi menor do que o verificado para a média das demais economias emergentes". A alta de 20 pontos do Risco Brasil, segundo o relatório foi revertida já em meados deste mês de março. Para o BC, o comportamento da taxa de risco Brasil pode indicar que o nível de risco pode estar se estabelecendo num patamar mais baixo.

O Risco Brasil é avaliado pelo pelo índice Embi+ do banco de investimentos JP Morgan e mede o grau de desconfiança dos investidores na economia brasileira.

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