O Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou neste sábado (17) um aumento de 0,27 ponto porcentual na taxa básica de juros para 6,39% (taxa de empréstimo de referência de um ano). Ao mesmo tempo, o banco central chinês elevou a taxa do depósito bancário de 2,27% para 2,79%. O aumento entra em vigor amanhã (18). O governo chinês tenta, assim, no dia seguinte ao encerramento da plenária anual da Assembléia Popular Nacional (APN), frear a rápida expansão dos investimentos em ativos fixos dos empréstimos bancários de longo prazo e a inflação.
Foi o terceiro aumento das taxas promovido pelo BC chinês desde o ano passado. A taxa de empréstimo havia sido elevada anteriormente em abril e as taxas de empréstimo e depósito em agosto, em meio a uma série de outras medidas para conter o impulso da economia chinesa, que cresce próximo de 10% nos últimos anos.
Em nota distribuída neste sábado, o BC chinês justificou dizendo que "elevar a taxa de depósito e de empréstimo da moeda é favorável à política de acompanhamento para níveis razoáveis do crédito e de crescimento nos investimentos, para manter a estabilidade básica dos preços (ao consumidor), para operar um sistema financeiro saudável e atingir crescimento equilibrado da economia e de melhora em sua estrutura".
Entre os vários indicadores econômicos divulgados ao longo das últimas semanas, o CPI, o índice de preços ao consumidor, chamou atenção, ao mostrar aceleração anual de 2,7% nos preços em fevereiro e de 2,4% nos dois primeiros meses do ano. O aumento de juros na China já era esperado por analistas e economistas.
