O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, se reuniu nesta quarta-feira (09) com representantes das Forças de Segurança Federais para avaliarem a crise de segurança pública no país, em especial no estado de São Paulo, que vive pela terceira vez só neste ano uma onda de ataques atribuídos às facções criminosas.
Segundo informou a Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça, esta foi a terceira reunião de uma série que o governo pretende realizar para discutir o assunto.
A assessoria informou que durante a reunião, o representante do Exército apresentou novos ajustes ao plano de contingência, caso seja necessária a sua atuação no estado de São Paulo. Os ajustes feitos ao documento, que traz definições de como a instituição deverá agir, foram feitos com base nos novos ataques na região, iniciados na madrugada do último domingo. Detalhes desse plano de atuação não foram divulgados à imprensa.
Representantes das Forças de Segurança Federais também analisaram hoje, durante o encontro, resultados de operações da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal no combate às facções criminosas.
Conforme informou a Assessoria de Imprensa do Ministério da Justiça, a Policia Federal anunciou que está conseguindo bloquear no estado de São Paulo uma das principais fontes de financiamento das facções criminosas – o tráfico de drogas. De maio para cá, foram apreendidos cerca de 18 toneladas de maconha. Cerca de dez pessoas envolvidas com esta apreensão, segundo informou o Ministério, confessaram ter ligação com o crime organizado.
Já a PRF anunciou que conseguiu recentemente apreender 100 mil cartuchos de balas que seriam entregues a representantes do crime organizado.
Participaram da reunião, além do ministro da Justiça, os comandantes do Exército, general Francisco Albuquerque; da Marinha, almirante Roberto de Guimarães; da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos da Silva Bueno; o sub-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Wellington Fonseca; o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda; e o diretor da Polícia Rodoviária Federal, Hélio Derene; o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa; e o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Maurício Kuehne.