Bastos nega ato político em operações da PF

O ministro da Justiça, Marcio Thomas Bastos, fez questão nesta quarta-feira (16) de faturar pessoalmente o resultado da operação "dilúvio" da Polícia Federal e da Receita Federal que desmantelou o maior esquema já verificado de fraudes na importação de produtos. Bastos foi até a sede da PF em Brasília para participar da entrevista sobre a operação. O ministro comemorou o resultado, mas rechaçou hoje qualquer relação entre o calendário eleitoral e a operações da PF, que se intensificaram nos últimos meses.

"Uma operação como essa não dá para apressar ou retardar, porque vai amadurecendo com as investigações, com a construção das conexões. Quando ela amadurece, ela tem que ser feita. Não há nenhum tipo de intencionalidade em fazer porque nós vamos ter eleições", afirmou o ministro da Justiça. Ele ressaltou que, nos últimos três anos, a PF fez 281 operações de grande porte. "Em algumas fases se acelera, porque as operações ficam prontas, e em outras diminuem o seu ritmo, porque estão em fase de maturação", afirmou.

Ele disse que neste momento há várias operações que estão sendo "amadurecidas" para serem deflagradas. Para o ministro a operação "dilúvio", representa uma vitória da integração da PF com a Receita. Bastos destacou ainda que nas 281 operações já realizadas pela PF não "houve nenhum tiro, morte ou ferimento".

O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, também participou da entrevista. Ele comentou que a integração com a PF está se aperfeiçoando e será ampliada. Segundo Rachid, a fraude nas importações praticada pelo quadrilha desmantelada hoje trouxe efeitos danosos para a economia e os cofres públicos. O esquema subfaturava os preços para pagar menos tributos: Imposto de Importação, IPI, PIS, Cofins, ICMS e Imposto de Renda.

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