São Paulo – O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que vai "com muita honra" à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios depor sobre a lista da empresa Furnas Centrais Elétricas , desde que seja convocado, para não "avançar o sinal" das investigações.
"Eu não posso falar nada (sobre a relação) porque isso vai ser objeto de perícia, isso não é objeto de um palpite meu ou de uma opinião minha", esquivou-se, defendendo a não-interferência nos trabalhos da Polícia Federal (PF).
"Eu acompanho essas investigações, como todas da Polícia Federal, um pouco de longe, para que não se faça a exploração do meu maior ou menor conhecimento", continuou, dizendo não saber se a PF teria o documento original do rol.
Bastos criticou o vazamento da listagem, que, segundo ele, era investigada "com bastante calma pela Polícia Federal, até que um depoente foi lá e deu uma entrevista para imprensa". Ele participou de uma aula magna na Faculdade de Direito do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU) e falou sobre o sigilo nas apurações criminais.
Reeleição
Bastos defendeu a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição e afirmou acreditar que ele sairá vitorioso. "Eu acho que ele fez um grande governo; os números dele são muito alentadores. Tanto na política social como no trabalho, por exemplo, da Polícia Federal. Na reforma do Judiciário. Nos números econômicos, que são muito bons", listou.
"Lula não disse que é candidato", minimizou. "Aliás, outro dia, ele até me disse que estava em dúvida sobre ser ou não candidato. Mas eu acredito, firmemente, que ele vai ser candidato e que vai ganhar a eleição", discursou.
O ministro da Justiça admitiu a permanência na pasta, com a eventual reeleição, mas sinalizou que não tem a intenção de continuar. "Eu gostei muito de ser ministro da Justiça. Estou gostando. Mas acho que quatro anos para mim é bastante."
