No meio de uma forte crise política, as Seleções Brasileiras de Basquete se preparam para uma temporada importante. A equipe masculina, já agora em agosto, tem o Mundial do Japão, valendo três vagas para os Jogos Olímpicos de Pequim/2008 – a última vez que o basquete masculino disputou uma Olimpíada foi em Atlanta/96

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O caminho até a vaga olímpica é longo. O primeiro degrau será o Sul-Americano, que começa na quarta-feira, em Caracas, na Venezuela, ainda sem suas principais estrelas – a delegação viajou no sábado. Depois, o Brasil ainda fará uma série de amistosos com a Nova Zelândia, um torneio na Argentina e um na China

Leandrinho, do Phoenix Suns, está em São Paulo, treinando na Hebraica, encerrada sua terceira e melhor temporada na NBA

Quando conversou com a reportagem do Jornal da Tarde na sexta-feira, o armador ficou sabendo do fim do COC/Ribeirão Preto, uma das equipes mais fortes do Brasil. Sobre a paralisação do Brasileiro, Leandrinho já tinha lamentado: "Essa situação chateia a gente. Tenho amigos aqui e todos me falam sobre isso. Muitos me dizem que não sabem o que vão fazer, que dependem do basquete e que talvez parem de jogar. É uma tristeza.

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Segundo o jogador, não há nada que os atletas possam fazer para melhorar a situação do basquete no Brasil. "Isso é com a Confederação Brasileira de Basquete. Os jogadores fazem o papel deles. A CBB que tem de resolver os problemas.

Já faz 40 dias que Leandrinho está de férias da NBA. Passou duas semanas sem jogar e há uma semana e meia retomou os treinos. Está ansioso por voltar a atuar com a Seleção Brasileira. "Lá todo mundo é meu amigo, mas eu tenho mais contato via rádio com o Anderson e o Baby.

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E Nenê? "Caramba, faz muito tempo que não falo com ele. Nem lembro quando foi. Fiquei sabendo que ele casou e também que renovou o contrato. Estamos todos esperando por ele na Seleção.

Leandrinho se apresentará ao técnico Lula Ferreira depois do Sul-Americano. "O Mundial será bem difícil, disso todo mundo sabe. Mas difícil é bem diferente de impossível. Tem muitos times que podem surpreender, como Espanha, Lituânia, Sérvia, Panamá…

De qualquer maneira, o armador acredita no potencial do grupo. "Temos um time jovem, experiente e que tem sonhos – e é disso que precisamos para irmos bem no Mundial do Japão e conquistarmos uma vaga para a Olimpíada de Pequim. A responsabilidade é sempre grande, mas todo mundo vai estar pronto na hora.