A Basílica de São Pedro, monumento símbolo da cristandade, completa 500 anos. Segundo a tradição, a basílica surgiu sobre a tumba do apóstolo Pedro, crucificado e executado por volta do ano 60 D.C.
Foi com o império de Constantino e com o reconhecimento da religião cristã como culto oficial do Império Romano que as bases para a construção da basílica foram lançadas.
Os trabalhos, iniciados em 315 D.C., chegaram ao seu fim cerca de 11 anos mais tarde, quando o papa Silvestre II consagrou a igreja com uma cerimônia solene.
Depois de mais de um milênio de história, o edifício já estava em graves condições de degradação, e o papa Nicolau V decidiu fazer uma restauração radical, que ficou a cargo de Leon Battista Alberti e Bernardo Rossellino.
Posteriormente, o papa Júlio II decidiu interromper os trabalhos parando o projeto para a construção de uma nova catedral.
Em 1506, o arquiteto e pintor italiano Bramante ficou encarregado de demolir a basílica pré-existente e começar a construir as bases daquela que seria a maior catedral do mundo católico.
Nos 100 anos seguintes, os mais famosos artistas da época alternaram-se para que os trabalhos de construção da basílica fossem concluídos.
A Basílica de São Pedro ganhou seu aspecto atual graças à intervenção de Carlo Maderno, que, por desejo do papa Paulo V, transformou a planta da basílica definitivamente em uma cruz latina e definiu o aspecto da fachada.
O Vaticano celebrará o 500º aniversário da construção com um programa de iniciativas que será apresentado em uma entrevista coletiva, na quinta-feira, pelos cardeais Francesco Marchisano, arcebispo da Basílica de São Pedro, e Albert Vanhoye, reitor emérito do Pontifício Instituto Bíblico.
