O Conselho Político decidiu adiar a votação da reforma política para agosto, porque chegou à conclusão de que não existe um consenso na base. A informação é do líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), que participou da reunião do Conselho, no Palácio o Planalto, com os ministros das Relações Institucionais Walfrido Mares Guia, e do Planejamento, Paulo Bernardo.
Integram o conselho os dirigentes dos partidos da base aliada. José Múcio informou que até o recesso parlamentar , marcado para a próxima semana, deve ser votada apenas a fidelidade partidária porque, segundo ele, os parlamentares têm de dar uma resposta à sociedade, já que existem algumas decisões de tribunais.
A decisão do conselho, segundo Múcio, é promover um seminário, em agosto, para ver se os partidos chegam a um consenso sobre a reforma política. Múcio explicou que existem muitas sugestões e que é preciso se chegar a algum ponto de consenso. "Se não sentarmos com calma para debater, estabelecer o que temos em comum, não temos como votar. Não podemos começar pelo dissenso", afirmou.
O líder governista disse que a prorrogação da CPMF não foi discutida na reunião do conselho e nem a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a crise no Senado. Segundo ele foram discutidos apenas dois projetos de emenda constitucional que tratam da incorporação de funcionários terceirizados no serviço público e da efetivação de servidores transferidos de um órgão para outro. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, participou da reunião para explicar o impacto dessas medidas, no orçamento.