Rio, 26 (AE) – A Justiça Federal determinou a prisão preventiva de 14 acusados ligados a subcontas da offshore Beacon Hill Service Corp, no JP Morgan de Nova York, que estavam presos em caráter temporário no Rio e em São Paulo. De acordo com o procurador da República Wladimir Aras, as prisões preventivas foram pedidas para os casos em que os documentos apreendidos na Operação Farol da Colina reforçaram os indícios de evasão de divisas e sonegação fiscal. A operação foi deflagrada há dez dias pela Polícia Federal (PF), quando 69 doleiros foram detidos. O prazo da prisão temporária venceu hoje.
Aras recusou-se a revelar os nomes dos suspeitos que tiveram as prisões preventivas decretadas. Ele informou que os doleiros que continuarão presos em São Paulo eram ligados às subcontas Tafeca, Laurel, Montana, Lisco e Batom. No Rio, eles movimentavam as subcontas Gravata, Atlantis, Titia, Eleven, Pacífico, Pescara (as três últimas receberam juntas US$ 570 milhões). Os nomes das contas eram escolhidos pelos titulares.
Jucélio Nunes Vidal, considerado o administrador da Beacon Hill no Brasil, não teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público (MP) do Paraná.
Aras afirmou que agora começa uma nova etapa das investigações, quando o Ministério Público Federal (MPF) em cada Estado passa a trabalhar em cima das subcontas administradas por pessoas da própria jurisdição. O MP do Paraná continuará averiguando as contas Lisco e Batom (movimentadas pelo doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o “Toninho da Barcelona”), Gatax, Harber e Sorabe, Brasa, Best e Watson. “Laurel, Brasa e Watson têm conexão direta com o Banestado. O dono da Lisco e Batom também tem ligação com Alberto Youssef, doleiro já condenado pelo caso Banestado. As demais precisam de complementação pericial”, informou o procurador da República.
Banestado: Justiça determina prisão de mais 14 acusados
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