A CPI do Banestado descobriu que o banco desenvolveu programa de treinamento quando o então governador Jaime Lerner já havia assinado o acordo no qual se comprometia a privatizar a instituição. Como o compromisso foi assinado em 31 de março de 1998, o benefício foi todo do comprador, o banco Itaú.
Foram treinados, no período de março a novembro de 1998, cerca de 9 mil funcionários, em eventos caracterizados como sendo de “educação avançada” e que consumiram R$ 5,131 milhões, com uma despesa média por funcionário de R$ 570,00.
O treinamento aconteceu na sede da Associação Banestado em Praia de Leste. Houve a participação de empregados de todo o Paraná, arcando o banco com todas as despesas de locomoção, alimentação e estadia. Para a contratação de infra-estrutura, foram gastos R$ 2,755 milhões em processo para o qual foi dispensada a exigibilidade de licitação.
Já o Seminário de Educação Avançada, ministrado aos participantes, custou R$ 2,070 milhões. Criado pelo Centro de Educação Avançada, teve por objetivo “não a formação convencional do participante, porque o foco não é o treinamento profissional, mas aperfeiçoamento pleno e integral do ser humano”. A esses valores foram adicionadas as despesas de R$ 305,7 mil com uma única turma, em 1997. (Leia mais na edição de amanhã de O Estado do Paraná)