Bancos prevêem alta do IPCA de 4,37% em 2006

São Paulo – Para 50 bancos consultados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2006 deve fechar em 4,37%, ou 0,13 ponto porcentual abaixo do centro da meta de 4,50% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A taxa esperada pelos bancos, contudo, está acima da mediana das expectativas de 100 instituições consultadas pelo Banco Central (Pesquisa Focus) para o IPCA no encerramento deste ano, de 4,33%.

Para 2007, enquanto a mediana da Focus para a inflação é mantida nos 4,50%, a pesquisa da Febraban mostra os bancos mais otimistas, estabelecendo uma expectativa de 4,46% para o IPCA. Abaixo, portanto, do centro da meta, que para o próximo ano também é de 4,50%.

A pesquisa da Febraban leva em consideração as projeções de 50 instituições bancárias sobre o desempenho de 30 variáveis econômicas. O levantamento foi feito na primeira semana de maio.

Quanto ao desempenho da economia esse ano, a Febraban constatou com seus associados uma expectativa de 3,56% de crescimento do PIB em 2006. Na Focus, que além de bancos são também consultadas consultorias, corretoras e administradoras de recrusos, entre outras, a mediana das previsões para a evolução da economia este ano é de uma expansão de 3,51%.

O crescimento prospectivo do PIB apurado pela Febraban considera uma taxa básica de juros (Selic) encerrando o ano em curso em 14 13%. No próximo ano, as estimativas dos bancos já apontam para uma taxa de juros de 13,04%. Na Focus, a mediana para a Selic é de 14% para 2006 e de 13% para 2007.

A inflação apurada no atacado, segundo a pesquisa bancária, deverá fechar em elevação de 2,99% pelo IGP-M. Esta taxa deve refletir um dólar cotado ao final do ano a R$ 2,19%. Para 2007, a taxa de câmbio, segundo as expectativas dos bancos, deverá sofrer uma ligeira depreciação em relação a 2006 para encerrar a R$ 2,32 por dólar.

Também atrelado ao dólar, a compilação das projeções dos bancos para o saldo comercial este ano é de US$ 39,93 bilhões, diferença entre exportações de US$ 128,55 bilhões e importações de US$ 88,62 bilhões. No mesmo período, o saldo em transações correntes deverá ficar em US$ 8,74 bilhões. Os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no País este ano deverá, de acordo com a pesquisa da Febraban, ser de US$ 15,22 bilhões.

O resultado primário do setor público consolidado (Governo Central, Estados e Municípios e Estatais Federais) deve encerrar o ano mostrando um superávit equivalente a 4,29% do PIB.

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