São Paulo
– Os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentaram ontem, pela primeira vez, durante a quarta rodada de negociações, a contraproposta econômica dos banqueiros em relação às reivindicações dos bancários.A proposta foi apresentada pelo coordenador de negociação da Fenaban, Magnus Apostolico. A Fenaban oferece aos bancários 6% de reajuste salarial, mais abono de R$ 1.150 pago em uma única vez (ainda não definido o mês). A participação nos lucros é de 80% do salário do bancário e mais valor fixo de R$ 530 e com teto máximo de R$ 4 mil.
O presidente em exercício do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino, considera a contraproposta “insuficiente, dados os altos lucros dos bancos” e afirma que “não está sendo reposto nem mesmo a inflação do período”.
A negociação prossegue na próxima segunda-feira (9) e envolve toda a categoria bancária do País. Os bancários somam 390 mil em todo o Brasil e têm data-base em 1º de setembro.
As principais reivindicações dos bancários deste ano são: reajuste salarial de 13,39%, que corresponde a 5,93% de inflação estimada pelo ICV-Dieese, 2,65% referente à diferença entre o período de setembro de 2.000 a agosto de 2001 e mais 4,28% de produtividade e garantia de emprego durante a vigência da Convenção Coletiva.
Além disso, eles querem ampliação do horário de atendimento para o período das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho para os bancários; jornada de 25 horas semanais; contratação dos terceirizados; respeito à jornada de 6 horas diárias; pisos com base no salário mínimo do Dieese, calculado em R$ 1.121,53; participação nos lucros e resultados; fim do assédio moral; defesa dos bancos públicos e do papel que eles exercem na sociedade de fomento ao desenvolvimento.
Os bancários são representados nas negociações pela Executiva Nacional dos Bancários, composta pela Confederação Nacional dos Bancários e as federações de bancários de cada Estado.