Brasília – O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou os bancos cooperativos ? comerciais ou múltiplos cujo controle acionário pertence a cooperativas centrais de crédito ? a captarem depósitos de poupança rural. A partir de setembro deste ano, esses bancos terão que elevar de 40% para 65% o percentual mínimo de aplicação dos recursos captados em depósitos de poupança rural.

“Sempre se precisa de mais dinheiro para a agricultura. Qualquer ajuda sempre fortalece o campo, porque a demanda é cada vez maior. Isso não significa que o governo vá reduzir os créditos para a agricultura, mas é bom lembrar que o Brasil é um país rural”, disse o diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darci.

Atualmente, somente os bancos do Brasil (BB), do Nordeste do Brasil (BNB) e da Amazônia (Basa) captam recursos destinados à poupança rural.

Segundo a Diretoria de Normas ao CMN, os bancos cooperativos reúnem características que justificam a autorização, principalmente porque não integram o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SPBE), e por terem forte atuação no setor rural.

Argumenta que além favorecer o sistema cooperativista rural ? que passa a contar com fonte de recursos para a concessão de financiamentos rurais sob condições mais vantajosas do que aquelas atualmente disponíveis ? a medida contribuirá para reduzir o custo do Tesouro Nacional, com a equalização dos encargos financeiros em operações de crédito de crédito rural dos bancos cooperativos.

Os bancos federais (BB, BNB e Basa) que já estavam autorizados a captar depósito em poupança rural, obedecerão um cronograma para atingir o mínimo de 65% destinados à agricultura com a poupança rural. Desse percentual, 50% a partir de 1º de setembro de 2004; 55% a partir de 1º de setembro de 2005; 60% a partir de 1º de setembro de 2006; e 65% em 1º de setembro de 2007.

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