O controlador do Banco Santos, Edemar Cid Ferreira, esteve reunido nesta manhã com o advogado contratado na sexta-feira à noite, Sérgio Bermudes, para tratar dos desdobramentos da intervenção do Banco Central na instituição. "Conversamos sobre assuntos relacionados ao fato, que é muito recente, pois ocorreu há apenas alguns dias", comentou Bermudes.
O advogado, que fica estabelecido em seu escritório no Rio de Janeiro, está hoje na capital paulista à disposição basicamente para tratar de assuntos relacionados à intervenção. "Assim como já tive uma reunião hoje, posso ter outra a qualquer momento, caso seja solicitado pelo meu cliente", afirmou.
Bermudes disse que seu escritório não contatou o banco norte-americano Goldman Sachs para participar do processo de reestruturação do banco brasileiro para uma eventual venda. Ele reafirmou, porém, que uma das soluções mais prováveis para o Banco Santos é a alienação. "Contudo, não houve nenhuma manifestação de outras instituições interessadas na alienação", frisou.
O advogado não quis comentar a intervenção do Banco Central na Procid, alegando desconhecer a informação, mas disse que poderia opinar sobre o assunto no fim da tarde, quando teria informações mais detalhadas sobre a nova medida adotada pelo BC.
O Banco Central divulgou hoje o comunicado 12.675, do Departamento de Liquidações Extrajudiciais, em que coloca em indisponibilidade os bens da Procid Participações e Negócios, empresa não-financeira com sede em São Paulo que controlava o Banco Santos, sob intervenção do BC desde a última sexta-feira.