Belo Horizonte (AE) – O banco BMG ajuizou no final da tarde de hoje (23), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, uma cobrança de execução de título, no valor de R$ 3,255 milhões contra o PT, referente a empréstimo, com juros e outros encargos, feito à direção nacional do partido, em fevereiro de 2003. O empréstimo, no valor original de R$ 2,4 milhões, venceu às 18h de ontem (22). Além do PT, a ação de execução pede que sejam citados o ex-presidente nacional do partido, José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, avalista do negócio.
Hoje Valério disse que irá "tentar uma solução amigável" com a futura direção do PT. "Sentar todo mundo numa mesa e tentar uma composição de dívida. Ou, senão, fazer o que eu já estou fazendo", afirmou.
Na semana passada, o empresário mineiro, por meio do escritório de advocacia Rodolfo Gropen, oficializou na Justiça de São Paulo duas notificações judiciais contra o partido, cobrando cerca de R$ 93 milhões, referentes a empréstimos contraídos a partir de 2003, com as correções e encargos cobrados pelos bancos BMG e Rural. O montante inclui captações feitas pelo PT, dos quais ele foi avalista, e empréstimos tomados a favor do partido, num total de aproximadamente R$ 92,5 milhões.
Uma notificação está em nome apenas de Valério, no valor de R$ 460 mil (também corrigido), referente a uma parcela paga pelo empresário mineiro (R$ 350 mil) do mesmo empréstimo ao BMG que motivou a cobrança judicial feita pelo banco.
A direção provisória do PT sustenta a posição de que só reconhecerá as dívidas oficiais, feitas em nome do partido. No pedido de execução ajuizado em Belo Horizonte, o BMG pede que o partido seja citado em 24 horas para efetuar o pagamento ou nomear bens para serem penhorados. A ação foi distribuída para a 34ª Vara Cível de Belo Horizonte, que tem como titular o juiz Edson de Almeida Campos Júnior.