O Banco Central resolveu acompanhar a tendência de mercado nas avaliações sobre comportamento dos preços e reviu sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, que teve meta fixada em 5,5%. Hoje, porém, ao divulgar o Relatório de Inflação de junho, o BC admitiu que num contexto de taxa de câmbio em R$ 3,10 no final do ano e taxa básica de juros (Selic) de 16% ao ano a inflação medida em 2004 será de 6,4%.

O relatório destaca que, apesar da alta de preços verificada no mês passado, não há pressões divulgadas sobre o varejo, e “as perspectivas para a economia brasileira no médio prazo continuam favoráveis”, em que pese o recente quadro de volatilidade no mercado internacional, da depreciação da taxa de câmbio e da elevação de preços de algumas “commodities” – destaque para o petróleo, cujos preços foram definidos em novo patamar, lá fora, o que exigiu aumento também para o consumidor final.

A despeito desse quadro, o relatório do BC admite que pressões temporárias devem continuar a repercutir nos próximos meses, tanto pela concentração de reajustes de itens monitorados como energia e telefonia quanto pela ocorrência de entressafras em decorrência de fatores climáticos ou de preços internacionais.
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