Durante o mês passado, o Banco Central (BC) reduziu em 0,2% o volume do dinheiro em circulação no país ? a chamada base monetária. A medida não conseguiu evitar a tendência dos últimos doze meses, em que o volume chegou a R$ 80,239 bilhões, com alta: de 13,4% desde junho de 2004
Os dados foram divulgados no relatório do BC sobre Política Monetária e Operações de Crédito do sistema Financeiro, relativo ao mês de junho. O documento mostra que o saldo de papel-moeda no mês cresceu 1,2%, situando-se em R$ 54,972 bilhões; em contrapartida, as reservas bancárias caíram 3,1% e somavam R$ 25,267 bilhões no final do mês passado.
A conta única do Tesouro Nacional diminuiu R$ 916 milhões e o conjunto das operações com o sistema financeiro reduziu mais R$ 20 milhões, por causa do ingresso de R$ 133 milhões referentes à exigibilidade adicional sobre depósitos. Em sentido contrário, as liberações de compulsórios sobre depósitos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) cresceram R$ 86 milhões, e sobre os depósitos à vista aumentaram R$ 45 milhões.
Ao divulgar o relatório, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ressaltou que as operações com títulos públicos federais também provocaram contração de R$ 298 milhões, como parte da estratégia de ajustar a liquidez do mercado monetário, ou simplesmente "enxugar o mercado". Em junho, o Tesouro Nacional vendeu R$ 4,4 bilhões em títulos e comprou o equivalente a R$ 4 bilhões de títulos e letras vincendas no mês.