Banco Central está mais otimista sobre cumprimento da meta de inflação

Depois da alta de inflação no mês de janeiro, com reflexos também em fevereiro, o Banco Central (BC) acredita que os reajustes de preços ao consumidor tendem a ficar em patamares mais baixos já a partir de março, garantindo uma inflação próxima do centro da meta anual de 4,5%.

É o que revela o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (30) pelo BC no endereço eletrônico www.bcb.gov.br. No documento, a diretoria do banco expressa otimismo. Os índices de preços no atacado, que começaram o ano em alta, reverteram as expectativas e retornaram ao movimento de quedas gradativas registradas durante o ano passado, com reflexos positivos nos preços de varejo.

O relatório do BC reafirma o diagnóstico de que, tanto os resultados recentes de inflação, como as projeções realizadas pelo banco e por analistas de mercado do setor privado, sugerem a não existência de pressões inflacionárias de curto prazo.

Além disso, acrescenta que os dados referentes à atividade econômica indicam "consolidação progressiva" em ritmo condizente com as condições de oferta, de modo a não gerar pressões significativas sobre os preços.

O relatório do BC admite, porém, que as incertezas no comércio internacional de petróleo representam fator de risco para o comportamento futuro da inflação. As variações de preços se transmitem à economia doméstica por causa dos efeitos sobre preços de insumos e derivados do petróleo e também afetam as expectativas dos agentes econômicos.

O detalhamento sobre o Relatório Trimestral de Inflação será feito durante entrevista coletiva, às 11 horas, pelo diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Bevilaqua.

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