O Banco Central criou um ouvidoria para receber e responder as reclamações da sociedade contra a instituição. "O novo departamento terá o papel de ampliar a transparência do BC", afirmou o diretor de administração do BC, João Antônio Fleury Teixeira. Segundo ele, o setor terá a responsabilidade de agilizar as demandas levadas ao banco, cobrando respostas rápidas à sociedade das diversas áreas do BC. A estrutura do novo departamento, que ainda está em fase de implementação, será pequena, contando com apenas seis pessoas, entre elas o ouvidor-geral, cuja função é subordinada ao presidente do BC, Henrique Meirelles
Outra área nova no BC é a Corregedoria Geral. Obedecendo o decreto presidencial publicado em junho de 2005, o departamento será implementado nos próximos dias e será voltado para dentro do banco. A função será "receber e analisar representações e denúncias relacionadas à atuação e conduta dos servidores do BC. O corregedor-geral terá mandato fixo de dois anos, renovável por mais dois. A corregedoria poderá instaurar processos administrativos e sindicâncias para apuração de responsabilidades de funcionários do BC, analisar e instaurar procedimentos de sindicância patrimonial por informações de possível enriquecimento ilícito de funcionários
O Banco Central criou também um novo Departamento de Segurança que vai trabalhar para antecipar possíveis riscos ao patrimônio e ao desempenho das funções da instituição. De acordo com o diretor de administração, a medida faz parte de um processo de ampliação da segurança do banco que vem desde 2004, mas que ganhou força após o assalto à sede do BC em Fortaleza, no ano passado. A área de segurança terá a atribuição de "garantir a integridade física das pessoas, do patrimônio e dos valores do Banco Central". O novo departamento contará com 352 funcionários em todo o Brasil, sendo 204 contratados recentemente em concurso. O departamento será vinculado à Diretoria de Administração do BC
A criação dos três novos departamentos, que modificou o regimento interno do BC, foi aprovada ontem na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)