O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, recebeu, nesta sexta-feira, dirigentes da Confederação Nacional dos Bancários (CNB). Os representantes da categoria, em greve desde ontem (6), pediram que o ministro auxilie nas negociações com os bancos para o fim da paralisação.
De acordo com Carlos Cordeiro, secretário-geral da Confederação, Luiz Marinho afirmou que conversará com os presidentes de bancos privados e federais para tentar solucionar o impasse da greve da categoria.
O grupo denunciou ao ministro as agressões de policiais militares em várias cidades, durante as mobilizações por reajustes salariais. Segundo Cordeiro, Marinho prometeu fiscalizar "qualquer indício de truculência". O sindicalista relatou que "a fiscalização garantida pelo ministro do Trabalho será muito importante para acabar com os abusos que vêm sendo praticados pelos bancos".
A denúncia sobre agressividade policial também foi feita ao secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Luiz Fernando Corrêa. Os grevistas pediram, ainda, providências para a garantia do direito de greve e exigiram o "policiamento cidadão" ? sem uso de armas ou violência.
De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, Luiz Fernando Corrêa se comprometeu a repassar a preocupação dos bancários às secretarias estaduais de Segurança Pública.
Ainda não há previsão para o fim da greve, já que o impasse persiste: os bancários querem um aumento de 11,77% e maior participação nos lucros ? o que representa o salário mais valor fixo de R$ 788, acrescidos de 5% do lucro líquido distribuído entre os funcionários. Eles pedem, também, garantia de emprego e 14º salário.
Já a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs um reajuste salarial de 4%, abono linear de R$ 1.000, além de um valor fixo de R$ 733 e participação nos lucros equivalente a 80% do salário de cada trabalhador.