São Paulo – Os 400 mil bancários de todo o país, incluindo os de instituições públicas e privadas, poderão realizar greve de advertência na próxima terça-feira (26), paralisando as atividades por 24 horas. A decisão será tomada em assembléias regionais, na noite de segunda-feira (25).
Com data-base em 1º de setembro, as principais reivindicações da categoria são: aumento salarial de 7,05%, mais a inflação do período, além de participação nos lucros e resultados de 5% do lucro líquido linear para todos e acréscimo de R$ 1.500,00. Apesar de já terem sido realizadas cinco rodadas de negociações, patrões e empregados ainda não chegaram a um acordo.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), as negociações emperraram ?por pura ganância dos banqueiros?. Ele disse que o percentual de reajuste salarial pleiteado equipara-se ao aumento de participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país. ?Pedimos o que achamos plausível e de acordo com os últimos acordos e conquistas de outras categorias?, afirmou.
Freitas criticou os banqueiros, alegando que até agora ?nenhuma proposta foi formulada por eles, embora a pauta de reivindicações tenha sido entregue no último dia 10 de agosto?. Ele espera que a paralisação por um dia ?seja suficiente para os representantes dos bancos negociarem?. Caso contrário, os bancários poderão entrar em greve por tempo indeterminado.
A assessoria da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) disse, por meio de sua assessoria, que ?tem demonstrado disposição de negociar, mas em cima da construção de um acordo factível?. A Febraban não esclareceu, entretanto, que tipo de acordo considera possível para chegar a um consenso.