Os bancários decidiram hoje (1), por unanimidade, deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira (6). A decisão foi tomada pelos cerca de 1.500 trabalhadores da categoria, reunidos hoje em São Paulo durante o Encontro Nacional dos Bancários. Uma assembléia geral da categoria, no próprio sindicato, está marcada para a noite de quarta-feira (5) e vai deliberar sobre o início da paralisação.

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"Os banqueiros já sabiam da recusa da proposta desde o dia 22 e não marcaram nova rodada de negociação", disse o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. "Não resta outra alternativa aos trabalhadores a não ser a greve", acrescentou.

A Federação Nacional do Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ofereceu, no dia 20, reajuste de 4% para salários, pisos e demais verbas salariais; abono de R$ 1.000,00 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nos mesmos moldes da paga no ano passado, ou seja, 80% do salário mais valor fixo de R$ 733,00.

Os bancários rejeitaram a proposta e votaram, em assembléia no dia 21, estado de greve. Na quarta-feira passada (28), os trabalhadores paralisaram as atividades por 24 horas em 19 Estados e no Distrito Federal.

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A minuta de reivindicações entregue aos banqueiros em 11 de agosto pede reajuste salarial de 11,77% e PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788,00 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários). A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), ante uma inflação de 6,4%.