A greve organizada pelos sindicatos ligados à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) paralisou, ontem, por 24 horas, cerca de 120 mil bancários em todo o País. Segundo a Confederação, estiveram mobilizados os maiores sindicatos do País como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba. Uma nova rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será realizada hoje, às 15 horas. O presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, afirmou ontem que, caso o encontro de hoje seja "mais uma enrolação", a categoria está disposta voltar à greve e, "desta vez, por tempo indeterminado".
A greve teve como objetivo advertir e pressionar Fenaban para que seja apresentada uma contraproposta às reivindicações da categoria. "Atingimos nosso objetivo e demos um claro recado nesta greve de advertência contra a intransigência da Fenaban, que há quase dois meses não apresenta uma contraproposta às nossas reivindicações, apresentadas no começo de agosto", afirma o presidente da Contraf, Vagner Freitas. "Esperamos que, na rodada de negociação que teremos nesta quarta, mude a postura dos banqueiros.
Em São Paulo, a paralisação dos bancários chegou a 30% da categoria, segundo o último balanço realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, às 16h30, de ontem (26). O número de agências e centros administrativos paralisados pela greve chegou a 279, entre paralisações totais e parciais. A greve abrangeu cerca de 34 mil trabalhadores, dos 106 mil que atuam na base do sindicato.