Numa reunião de 16 dos 23 deputados, a bancada do PPS na Câmara decidiu hoje tirar uma posição indicativa em defesa da tese da proporcionalidade e do respeito às regras de praxe para sucessão no Congresso. Segundo o presidente nacional do partido, deputado Roberto Freire (PE), isso significa que o candidato oficial do PT a presidente da Casa, Luiz Eduardo Greenhalgh (SP), tem o apoio de ampla maioria da bancada do PPS.
Mas o líder do PPS na Câmara, Júlio Delgado (MG ), declarou o voto no candidato dissidente Virgílio Guimarães (PT-MG).
A bancada ainda terá, até dia 14, data da eleição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, um novo encontro para bater o martelo em torno do assunto. Freire adiantou que o PPS não fechará questão em torno da votação a favor de Greenhalgh, mas, segundo ele, a posição indicativa a ser tomada pela legenda terá de ser respeitada por todos.
Também ficou adiada a decisão final da sigla sobre a participação na formação de um bloco com PDT, PC do B, PSB e PV na Câmara. Neste caso, o presidente nacional do PPS, que é contra, é minoria dentro da agremiação. Freire admite que a maioria acha interessante a idéia do bloco, que teria 78 deputados, podendo constituir a terceira força na Câmara, só atrás do PT e PMDB. A bancada e a direção nacional ainda serão ouvidas. Mas o presidente nacional socialista considera que não é possível unir partidos, a não ser para uma política consensual e isso, no entender dele, não existe entre essas legendas. Portanto, segundo Freire, seria apenas uma união fisiológica.