O diplomata sul-coreano Ban Ki-Moon prestou juramento como novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) com a promessa de recuperar a reputação da entidade e pressionar pela paz no Oriente Médio e na região sudanesa de Darfur. Ban afirmou que pretende participar diretamente dos esforços pela paz em Darfur e anunciou que sua primeira viagem terá como destino uma reunião de cúpula da União Africana (UA) prevista para janeiro.
Qualificando-se como um "harmonizador" e um "construtor de pontes", Ban disse que sua prioridade a partir de 1º de janeiro, quando assumirá o cargo de secretário-geral da ONU, será "recuperar a confiança" na organização. A ONU tem sido duramente criticada por causa de denúncias de corrupção e de malversação de recursos. Ban prometeu reconstruir a confiança entre os integrantes da ONU, profundamente divididos em torno das reformas necessárias para o futuro da entidade.
Em conversa com jornalistas, ele afirmou que também considera prioritária a retomada do processo de paz no Oriente Médio e assegurou que tentará fortalecer um plano de paz elaborado há alguns anos pelo chamado Quarteto de Madri, composto por Estados Unidos, Rússia, União Européia (UE) e ONU.
Ban externou ainda sua preocupação com a situação no Líbano e no Iraque e com os diversos conflitos em andamento em solo africano. Em seus mais duros comentários, ele criticou o governo iraniano por defender a destruição de Israel e por questionar o Holocausto. Segundo Ban, tais posições são "inaceitáveis". Ele também manifestou sua preocupação com os impactos regional e global do programa nuclear de Teerã.