O pesquisador do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar) da Univali, Jules Soto, acaba de comunicar que a espécie encontrada na região de Araranguá, litoral sul de Santa Catarina, não se trata de uma baleia franca, e sim de uma baleia minke (Balaenoptera acutorostrata hutton), forma anã. ?É um macho, com cerca de 5,5 metros e com diversas escoriações de causa ainda não determinada?, disse Jules.
Ele explica que o cetáceo encalhou morto hoje (11/06) pela manhã, entre Balneário Gaivota e Passo de Torres. Ele foi partido em três pedaços e levado para um terreno particular (o proprietário do terreno ainda não foi identificado). O animal está sendo retirado do local e será trabalhado para a retirada dos ossos e trazido para a Univali dentro de dois dias. Ele será posteriormente alojado na seção de Mastozoologia do acervo do Museu Oceanográfico da Univali.
A baleia minke Balaenoptera acutorostrata é considerada abundante em ambos hemisférios, em quase todos os mares, principalmente temperados e frios. A caracterização da espécie é bastante discutida. Em monitorias efetuadas por pesquisadores ao longo da costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre 1991 e 2001, associadas a levantamentos junto aos entrepostos do litoral centro-norte de Santa Catarina, foram encontrados 18 registros da espécie, sendo 12 encalhes e 6 coletas de crânios avulsos através de barcos arrasteiros. Em nenhum dos casos foi comprovada a ação antrópica como causa-mortis.