Balanço de ataques criminosos em São Paulo deve ser divulgado hoje

São Paulo – A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo deve divulgar nesta tarde o balanço dos ataques criminosos ocorridos no estado no último final de semana. Na capital paulista, não há registro de ocorrências na manhã de hoje (17). Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhum ônibus foi incendiado na últimas horas.

Neste momento, lideranças regionais dos funcionários das 144 unidades prisionais do estado estão reunidas na sede do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) para discutir a questão. Às 15 horas, eles devem ser recebidos pelo secretário de Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a nova série de ataques contra agentes públicos, atribuída à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), provocou intranqüilidade no exercício profissional dos 31 mil funcionários do sistema. Desses, cerca de 21 mil são agentes penitenciários que, no fim de semana, promoveram paralisações em presídios do interior paulista, com a suspensão de visitas de familiares dos presos e dos banhos de sol.

A secretaria informou que no sábado (15) houve movimento de greve em dez unidades e no domingo, em 11. O sindicato contabilizou mobilizações em 21 unidades no sábado e em 16 no domingo. De acordo com a determinação adotada em assembléia pela categoria, para cada novo ataque que resulte em morte de funcionários será realizada uma paralisação de 24 horas.

Na semana passada, o principal alvo dos ataques foi o transporte coletivo da cidade. Por isso, as 16 empresas que atuam no sistema reduziram para 15% a frota em operação, do total de 15 mil veículos que circulam na cidade. A retomada das atividades só foi possível com a entrada de um esquema tático de segurança, com o reforço do policiamento. Segundo a São Paulo Transportes (SPTrans), até o sábado, foram registradas 58 ocorrências em ônibus, destruídos total ou parcialmente.

Em entrevista ontem (16) à Agência Brasil, o secretário-geral do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), Rozaldo José da Silva, queixou-se da precariedade das condições de trabalho e negou que a situação esteja sob controle. "Nossos colegas estão sendo ameaçados em casa por telefone. Muitas vezes recaem suspeitas de conivência dos funcionários na entrada de celulares nos presídios quando, na verdade, existem apenas de 15 a 20 funcionários para revistar entre 800 a l,5 mil visitas", disse.

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