Bahia libertou 304 do trabalho escravo em 2006

Mais 22 adultos e oito crianças foram retirados de trabalho escravo por fiscais do governo federal de uma fazenda no interior da Bahia. Segundo o Ministério do Trabalho, o resgate eleva para 304 o total de trabalhadores libertados do trabalho escravo neste ano na região oeste do Estado.

O grupo, encontrado no município de Riachão das Neves, foi recrutado para a colheita de milho, com promessa de pagamento de R$ 1 por saca. Mas os fiscais do Ministério do Trabalho apuraram que, já na primeira noite, os trabalhadores foram obrigados a dormir ao relento. Em seguida, passaram a trabalhar sem receber nada em pagamento e a morar em barracas de lona improvisadas em um matagal da fazenda.

O fornecimento de água era gratuito, mas os valores referentes à comida eram descontados do ‘pagamento’. Os trabalhadores alegaram que foram impedidos de sair da propriedade porque ficaram devendo ao proprietário e não recebiam dinheiro para pagar as contas.

O trabalho escravo ficou caracterizado no ato de apreensão de documentos dos proprietários pelos encarregados da fazenda, além da imposição de dívidas, como prevêem as leis internacionais. O ministério instaurou inquérito para apurar o caso e ouvir o proprietário da fazenda, Bertolino Prado, que mora no Paraná.

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