A presidente do Chile, Michelle Bachelet, empossou hoje seis novos ministros numa tentativa de última hora de superar a profunda crise política que se abateu sobre o seu governo como conseqüência da implementação de um polêmico sistema de transporte que causou indignação entre os milhões de usuários em Santiago. A presidente socialista se mostrou claramente emocionada durante sua breve aparição e ao término da cerimônia de posse, um reflexo das dificuldades que vem passando desde que colocou em marcha o novo plano de transporte coletivo, em 10 de fevereiro.
A reestruturação do ministério rompeu a paridade de gênero que a presidente impôs quando assumiu o poder. Agora serão 9 as ministras e 13 os ministros. Os novos ministros são: Defesa, José Goni; Transportes, René Cortázar; Justiça, Carlos Maldonado; Energia, Marcelo Tokman; Secretaria-Geral da Presidência, José Viero-Gallo; e do Meio Ambiente, Ana Lya Uriarte.
Bachelet afirmou que o desafio de seus novos ministros é o de "transformar em realidade uma aspiração de nosso povo, a de que o progresso chegue diretamente cada vez com maior qualidade de vida, com maior justiça e com maior dignidade às pessoas." Os problemas causados pelo novo plano de transporte, denominado Transantiago, derivaram em protestos, distúrbios e críticas entre os opositores políticos e dentro do próprio governo.