O presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG) divulgou há pouco uma nota apontando distorções entre os problemas relacionados à campanha para sua reeleição em 1998 e as denúncias de compra de votos envolvendo o governo federal e diz que é "essencial diferenciar os fatos". De acordo com ele, "os problemas eventualmente ocorridos em 1998 referem-se à campanha eleitoral e não guardam qualquer semelhança com as denúncias de ‘mensalão’ ou de corrupção na máquina pública (Correios, IRB) que acometem a gestão do PT no Governo Federal".

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A nota foi motivada pelas denúncias do chamado "mensalinho", esquema de financiamento de campanha montado em 1998 que teria beneficiado 79 pessoas, incluindo as candidaturas de 17 deputados estaduais e 3 federais mineiros que apoiavam a reeleição do então governador Azeredo e que foram eleitos. A lista foi apresentada ontem pelo empresário Marcos Valério em depoimento à CPI da Compra de Votos.

O senador diz desconhecer empréstimo feito pela agência DNA junto ao Banco Rural durante sua campanha à reeleição.

Eduardo Azeredo reforçou que não autorizou ou avalizou tal empréstimo. "A operação também não teve aval de membros do Governo Estadual ou do PSDB", informa a nota. Segundo ele, o aval foi dado por sócios da própria empresa, conforme documento entregue à CPMI. "Portanto, trata-se de uma operação restrita à agência e ao banco", diz. Ele informou que como o empréstimo envolveu exclusivamente u ma empresa e um banco, sua cobrança, feita judicialmente, também envolveu apenas essas duas partes.

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Azeredo justifica que os valores envolvidos nos dois casos, "pela diferença proporcional, são, por si, provas de que as questões são absolutamente diferentes". Segundo ele, os R$ 1 8 milhão repassados aos apoiadores da campanha de 1998 – semelhante ao qu e acontece em todas as disputas eleitorais realizadas no País "são infinitamente menores que os propalados R$ 55 milhões repassados ao PT no caso do ‘mensalão’ e também para o financiamento de suas campanhas".

Ele disse também que em um estado grande como Minas Gerais, "é impossível que o Governador, em disputa pela reeleição, possa cuidar de ações administrativo-financeiras da campanha". Conforme o senador, os pagamentos são feitos por uma coordenação, conforme "atesta em carta de próprio punho o coordenador financeiro da campanha de 1998". Esta carta, segundo ele, foi encaminhada à CPMI.

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Ao final da nota, o presidente nacional do PSDB disse repudiar "as manobras para encobrir o que vem acontecendo no País desde que surgiram denúncias contra o PT. Trata-se claramente de uma estratégia armada para confundir a opinião pública com declarações, desculpas e desmentidos seguidos, que apenas prejudicam o objetivo das comissões inquérito".