As lideranças da avicultura do Paraná querem mais rigor nas regras que devem ser adotadas no Plano Operacional de Prevenção das Doenças de Newcastle e Inflenza Aviária, divulgado essa semana, pelo Ministério da Agricultura. O plano foi colocado em consulta pública por 30 dias e até lá, as entidades de classe que representam o setor vão sugerir mudanças.
O presidente do Sindicato da Indústria Avícola do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins manifestou temor com as regras de regionalização e de transporte de aves para implementação do Plano de Prevenção de Doenças Aviárias.
Para o presidente da Associação dos Abatedouros e Indústria Avícola do Paraná, Alfredo Kaefer, o setor avícola do Paraná o plano não contém todas as sugestões já apresentadas pelas instituições de classe dos principais estados produtores de frango de corte.
Martins teme um tratamento único para as regiões, o que gera apreensões principalmente para os estados que fazem o dever de casa como no caso do Paraná. ?O problema da regionalização é que alguns estados podem ser mais frágeis na adoção de medidas protetoras e com isso podem prejudicar os vizinhos que agem com mais rigor?, explicou.
Martins salientou que no Paraná, todas as propriedades que criam frango de corte já adotaram medidas rígidas de proteção de seus galpões. Todos eles são telados e com cortinas, o que mantém os animais confinados e isolados de contato com espécies selvagens, o que poderia possibilitar a transmissão de doenças. Para o empresário, falta apenas estender essas medidas para a avicultura de postura, que ainda não adotou a telagem em seus galpões.
Outra medida apresentada no Plano de Prevenção contra Doenças de Newcastle e Influenza Aviária ,que já vem sendo adotado no Paraná corresponde ao trânsito de aves vivas da propriedade para o abatedouro em caminhões lacrados. Martins disse que está preocupado com a falta de clareza nos itens correspondentes ao trânsito de aves vivas. ?Essas regras têm que ser muito bem esclarecidas, inclusive com exemplos, para não haver dúvidas?, defendeu.
Segundo Martins, o Plano de Prevenção contra Doenças das Aves prevê o estabelecimento de corredores sanitários de animais vivos apenas para matrizes e material genético. Ele acha necessário estender essa limitação para todo e qualquer trânsito interestadual de aves. ?Não se pode permitir o passeio das aves entre os estados, como levar um animal do Paraná para o Maranhão?, citou.