Avícola vendia frangos recheados com cocaína e maconha

Uma avícola em Perus, na Zona Oeste de São Paulo, era usada pelo dono como ponto de tráfico de drogas. Segundo o Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc), o estabelecimento vendia frangos congelados recheados com cocaína e maconha. Os "clientes" usavam uma senha para comprar o entorpecente. A balconista Márcia Solange Pita, 42 anos, foi presa em flagrante. O proprietário, Antônio Esteves, 60 anos, estava foragido até o início da noite de hoje (27).

Segundo o delegado Pedro Pórrio, da 5ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), foi graças a uma denúncia que investigadores chegaram ao endereço da avícola, na Rua Cavalo Marinho, 76. Um informante telefonou para o Denarc e avisou que uma modesta avícola em Perus tinha grande movimento. "Uma equipe de policiais foi averiguar e constatou algo estranho. O estabelecimento, realmente, era modesto, mas a clientela, grande", explicou Pórrio.

O delegado disse que os "clientes" usavam uma senha para comprar o frango recheado com droga: "Geladinha da branca significava frango com cocaína e geladinha da preta, frango com maconha", acrescentou Pórrio. Na avícola, investigadores da 5ª Dise apreenderam quatro peças de frangos, cada uma de um quilo. Três estavam recheadas de cocaína e uma de maconha. No varejo, a avícola vendia 10 gramas de cocaína por R$ 100,00. No atacado, a peça de 1 quilo custava R$ 10 mil. Márcia trabalhava havia três anos na avícola e não tinha antecedentes criminais.

Em outra operação, o Denarc apurou que, de dentro de sua cela, na Penitenciária de Getulina, no Interior, o detento Rogério Félix, 30 anos, o Bolacha, ligado ao PCC, comandava o tráfico. Segundo o delegado Cosmo Stikovics, da 3ª Dise, o preso usava Bianca Duarte da Silva, 18 anos, para distribuir cocaína.

Bianca foi presa quinta-feira à noite, com Eliane Leonardo da Silva, 26 anos, na Avenida Aricanduva, Zona Leste da capital. Segundo o Denarc, ambas portavam 11 kg de cocaína.

Acusada de integrar a quadrilha, Fábia de Araújo, 22 anos, foi presa minutos depois, também na Avenida Aricanduva, com três quilos de cocaína. Em Parada de Taipas, Zona Norte, policiais prenderam Renato de Oliveira, 39 anos. Ele é acusado de instalar uma central telefônica clandestina em sua casa para manter contato com Bolacha e cuidar do gerenciamento das drogas.

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