Rio (AE) – O avião bimotor Seneca, prefixo PT-ISF, com seis pessoas a bordo, desapareceu por volta das 20h de sexta-feira quando sobrevoava o norte do Espírito Santo. Ele havia saído do aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, e seguia para Porto Seguro, na Bahia. Aterrissou para reabastecer em Vitória, de onde decolou às 19h37. Vinte minutos depois a torre de controle perdeu o contato com ele.
As buscas na região do município de Aracruz (ES), feitas com dois helicópteros e um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram às 5h de ontem e até o final desta edição não havia qualquer informação sobre o aparelho. Segundo informações da assessoria da Infraero em Vitória, não há informações sobre eventuais reparos técnicos que pudessem ter sido feitos durante a parada no aeroporto.
O avião Seneca, modelo T-4, que levava o piloto e cinco passageiros, é de Arduíno Coutinho de Souza, do Aeroclube Paulista. Tem autonomia de combustível para cerca de cinco horas de vôo e, segundo especialistas, seu limite de altura é de 12 mil pés, pois a cabine não é pressurizada.
O Seneca é um avião de treinamento avançado utilizado nos cursos de treinamento de vôo por instrumentos e multimotor. Por estar com sua capacidade de ocupação máxima, ele seria mesmo obrigado a fazer escala de abastecimento entre o Rio e Porto Seguro.
Anac
De acordo com os dados sobre o avião no cadastro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o aparelho estava com a ?situação de aeronavegabilidade suspensa?. No entanto, a Anac informou, por meio de uma nota oficial, que os documentos do Seneca e também do piloto estão atualizados. No comunicado, entretanto, a Anac não explica porque no cadastro oficial o aparelho aparece com ?situação de aeronavegabilidade suspensa? e apenas nega que existam irregularidades no registro. Fontes ligadas à agência disseram que pode ter ocorrido uma falha técnica na atualização do cadastro na página eletrônica da Anac na internet (www.anac.gov.br), que entrou em funcionamento na semana passada.