Aves de mau agouro

Evitar que o temível vírus H5N1, o letal causador da influenza aviária, chegue ao continente americano por meio da migração de aves silvestres é tarefa impossível. O alerta é da doutora em virologia animal Liana Brentano, pesquisadora dos quadros da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

A presença do vírus já foi constatada em 13 países da Ásia, Europa e África, e seu desembarque na América é apenas uma questão de tempo. O veterinário-chefe da FAO, Joseph Domenech, ressalvou que não se pode prever o momento exato da chegada do vírus, ?mas ele estará lá?.

O Ministério da Agricultura e Abastecimento dispõe de uma verba de R$ 100 milhões para campanhas educacionais de prevenção da gripe aviária, cujos efeitos serão devastadores sobre a avicultura nacional, que em 2005 exportou 2,8 milhões de toneladas de carne de frango para 150 países, no valor de US$ 3,5 bilhões.

Os pesquisadores sabem que há oito rotas principais de migração de aves silvestres e esse é o padrão previsível do transporte e disseminação do H5N1. A cientista da Embrapa revela que aves contaminadas que estejam na Rússia, por exemplo, poderão chegar à América vindo pela Groenlândia.

Quanto ao pior dos cenários, ou seja, a provável chegada de aves contaminadas ao Brasil, Liana Brentano assevera que o governo deverá estar pronto para determinar incontinenti medidas de prevenção – que existem – a fim de evitar a contaminação das aves domésticas.

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