O PIB brasileiro cresceu 5,2% em 2004 em razão de uma série de pontos favoráveis na conjuntura internacional. Resultado igual ao do ano passado está nos planos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora a repetição bastante difícil não seja improvável. O bom desempenho econômico do exercício anterior beneficiou também outros países, alguns até em escala mais elástica.

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A evidência da diminuição do ritmo de crescimento do PIB mundial já é percebida pelos dados estatísticos disponíveis. Destarte, a inibição desenhada da conjuntura internacional não ajudará o Brasil como em 2004.

Estaria, então, sob a responsabilidade do governo brasileiro a tomada de algumas decisões corajosas no cenário da economia, a fim de dar ao País as condições de continuar seu processo de crescimento. Juros elevados cortam as intenções de investimentos produtivos e agravam problemas estruturais existentes.

Além disso, o peso da carga tributária é também fator de compressão da atividade empreendedora. Da mesma forma, a expansão de gastos no custeio da administração pública desvia recursos de aplicação mais rentável na melhoria da infra-estrutura socioeconômica, aprofundando ainda mais a descrença empresarial.

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Trabalhadores experientes e jovens recém-saídos das universidades têm enormes dificuldades para ingressar no mercado de trabalho e os salários reais continuam em escala descendente. Bancos e empresas do setor de exportação registraram lucros exorbitantes, ao passo que milhares de outras enfrentam sérios problemas de rentabilidade.

Então, a pergunta insistente diz respeito ao futuro da nossa economia, cujo crescimento contínuo e sustentado seria um prêmio ao esforço de todos os brasileiros. Numa quadra de escassas possibilidades de ajuda proveniente do exterior, o diferencial estará na capacidade de trabalho e na contribuição pessoal de cada cidadão.

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Avaliar o nível de crescimento da economia em bases estatísticas pouco importa, conquanto a nação não esteja motivada por um projeto conseqüente de avanço social.