As escolas públicas do Paraná realizaram com tranqüilidade, nesta quarta-feira (6), a Avaliação do Rendimento Escolar (AVA). Cerca de 420 mil alunos de 4ª e 8ª série do ensino fundamental, e do 3º ano do ensino médio, fizeram provas. Os resultados vão ajudar a medir o desempenho das escolas das redes estadual e municipais de educação básica.
De acordo com o Núcleo de Informações Educacionais (NIE), da Secretaria de Educação, apenas alguns municípios paranaenses precisaram alterar a data de aplicação do exame. Em Curitiba, trinta escolas municipais deixaram para aplicar o exame nesta quinta-feira (7), devido à realização de jogos estudantis e de seminários nestes estabelecimentos. Em Antonina, onde foi feriado municipal, a prova também foi adiada para esta quinta-feira.
A Avaliação do Rendimento Escolar, que está em sua sexta edição, é um levantamento feito a cada dois anos para medir o desempenho dos alunos. Ao todo, 3.218 escolas municipais e estaduais, em todos os 399 municípios paranaenses, participaram da AVA este ano. Os conhecimentos medidos foram na área de Língua Portuguesa (com produção de texto), Matemática e Ciências (que no ensino médio abrange Química, Física e Biologia).
Novidade – Este ano, a principal novidade foi a inclusão de alunos da 3ª série do ensino médio, que não eram avaliados até então. No Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, o maior do Estado e que oferta apenas ensino médio, a maior parte dos alunos compareceu.
Embora a participação não fosse obrigatória, a estudante Cinthya Nunes Becker fez questão de levantar cedo, ontem, para integrar o grupo avaliado. “Acho que a prova é importante, pois, além de mostrar como está a qualidade de ensino no Paraná, também pode ajudar a melhorar a avaliação do meu colégio”, afirma ela.
Segundo Arilete Regina Cytrynski, uma das coordenadoras da AVA na Secretaria de Educação, os estudantes já entendem a finalidade da avaliação. “A AVA é muito importante porque os dados colhidos permitem que o governo direcione sua política educacional. Além disso, a partir da avaliação, podemos determinar desde o material pedagógico que iremos adotar até o tipo de capacitação que será oferecida aos professores”, diz a coordenadora.
Os resultados da AVA são compilados em documentos que têm sido trabalhados pela escola (professores e diretores), em conjunto com os pais dos alunos, a fim de compreender os pontos fracos e buscar alternativas para reforçar o aprendizado. Com isso, ao invés de simplesmente fazer parte das estatísticas arquivadas num banco de dados, os resultados têm um aproveitamento prático, servindo efetivamente para a melhoria do sistema de ensino.
Os resultados são exibidos no Boletim da Escola, que contém ainda uma pesquisa de opinião dos pais a respeito da escola, e nos Cadernos Pedagógicos, que colocam nas mãos dos professores os resultados interpretados e sugestões de trabalho em sala de aula.
Esquema – Para a realização da Avaliação do Rendimento Escolar, foi montado um esquema mais complexo do que o de qualquer vestibular. A organização de toda a logística ficou a cargo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por intermédio da Comissão Central do Concurso Vestibular.
Foram usadas 50 toneladas de papel para a impressão das 420 mil unidades de 256 cadernos de prova diferentes. Participaram 36 mil professores aplicadores da prova e outras 64 pessoas participaram da logística para o transporte dos cadernos de prova para os municípios.
Cada prova teve 39 perguntas objetivas e questões abertas, colhidas de um banco de perguntas com 169 itens. Assim, foram 26 modelos diferentes de caderno de prova, para cada disciplina e série, o que significa que, em média, cada tipo de prova não foi feito por mais de 2.500 alunos.
Cada aluno fez prova de apenas uma disciplina (português, matemática ou ciências). Além disso, a Avaliação do Rendimento Escolar ainda é composta por outros documentos: o questionário do aluno (seu perfil sócio-econômico e cultural), o questionário da escola (perfil do diretor, estilo de gestão e ambiente escolar) e o questionário do professor (perfil do professor, práticas pedagógicas).
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