Se Caio Júnior for mesmo anunciado como novo técnico do Palmeiras, são grandes as chances de Jair Picerni saber disso pela imprensa. Em sua chácara em Jundiaí, o treinador acompanha as reviravoltas na política do Palmeiras somente pelo noticiário. Está isolado. Mas ainda com esperança de permanecer no clube.
"Ninguém da diretoria falou com a gente sobre essas mudanças todas que estão acontecendo", relatou Fred Smania, auxiliar e amigo de Picerni. Ele emenda: "Tudo o que a gente sabe é através da imprensa. Parece que o Palaia saiu, né? Mas continuamos pensando no planejamento para o ano que vem.
Fred Smania conta que a reunião de Picerni com a diretoria havia sido remarcada para a próxima segunda-feira, no CT do Palmeiras. A conversa estava marcada primeiramente para a última terça-feira, mas foi adiada a pedido da diretoria. Participariam da reunião Picerni, Smania, o presidente Affonso Della Monica, o vice José Cyrillo Júnior, o gerente Ilton José da Costa e o diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, que deixou o cargo na quinta-feira, de licença médica.
No lugar de Palaia entrou o advogado Gilberto Cipullo, que é do grupo de Seraphim Del Grande e contrário à permanência de Picerni. "Com a saída do Palaia não sei como vai ser daqui pra frente", disse Smania, admitindo que o futuro dele e de Picerni é incerto.
Contratado em novembro, Picerni assinou um vínculo de um ano com o Palmeiras. Em seis jogos, ganhou dois, empatou um e perdeu três. Se for demitido, tem direito à indenização. No planejamento que vinha traçando para a próxima temporada, ele trabalhava com uma lista de 52 jogadores, entre atletas que já estavam no clube e outros 17 que estão voltando de empréstimo. A intenção era ficar com no máximo 30 no elenco.
