Parece que a Volkswagen brasileira não acredita muito em alguns nichos do mercado nacional. É o caso do segmento de compactos “premium”, onde o Polo não apresenta grande desempenho comercial.
A montadora efetuou leve reestilização à linha, que merece mais atenção e ser mais bem promovida. O Polo é um carro injustiçado pelas vendas, e parece que a Volks fez uma aposta pequena demais para o modelo, que deve se manter no mercado até 2015. Pelo visto a Volks tenta mudar a “sorte” do modelo sem gastar muito.
O modelo ganhou novidades baseadas no Polo Vivo, versão vendida na África do Sul desde março de 2010. O novo Polo não adotou a nova identidade visual da Volkswagen, presente do Fox ao Touareg.
O Polo 2012 traz grade do radiador com dois frisos cromados em vez de três , pára-choques redesenhados com refletores na parte inferior e faróis e lanternas com máscara negra.
Em seu interior, a palavra de ordem é discrição e o Polo traz acabamento simples e correto. Se o luxo não está em evidência, pelo menos os encaixes são precisos e não há rebarbas aparentes.
O motorista também conta com regulagem de altura e profundidade do volante e do banco do motorista, o que torna fácil achar uma posição agradável para dirigir. O espaço para as pernas é bom para quem viaja na frente.
No banco traseiro, duas pessoas viajam com espaço limitado, e um terceiro passageiro acaba causando um aperto geral. A partir de agora, todas as versões do “hatch” médio da Volks saem de fábrica com direção hidráulica, ar-condicionado e sensor de estacionamento.
Os equipamentos de segurança também trazem “airbags” dianteiros e freios ABS de série. É claro que estas novidades não são gratuitas. Com mais equipamentos, as configurações iniciais do Polo estão naturalmente mais caras.
Apesar disso, o acréscimo dos equipamentos de segurança por uma média de preço de R$ 1,5 mil é interessante. Dirigir o Polo da Volks sempre foi prazeroso. O carro é um exemplo de boa construção e ótimo comportamento dinâmico.
O Polo 2012 segue equipado com os veteranos motores 1.6 e 2.0 litro. Nada que mereça repreensões. Isso porque o “hatch” médio ainda oferece bom desempenho.
A versão 2.0 litros (avaliada pelo Jornal do Automóvel), tem 120 cv com etanol 17,3 kgfm de torque disponível em sua totalidade logo as 2.250 rpm. Isso garante rápidas acelerações e boa pegada no trânsito urbano.
Sua suspensão mais “durinha” garante boa desenvoltura ao “hatch” e, de quebra, filtra as imperfeições da pista sem comprometer o conforto dos passageiros. Para quem prefere um carro bem acertado e bom de direção, o Polo 2012 pode cair como uma luva.