Uma tacada certeira. Assim dá para resumir a aposta da Volkswagen com o Virtus. O modelo não é somente uma versão “espichada” do Polo, mas é um sedã de respeito, que cresceu em tamanho e espaço, tanto para os passageiros quanto para bagagem.
Com 448 cm de comprimento, o Virtus é mais espaçoso que seus rivais como o HB20S (423), o Prisma (428) e o também recém-lançado Cronos (436). O Virtus não foi montado sobre o mesmo chassi do Polo, como normalmente acontece com os modelos sedãs derivados dos hatchs. Aproveitando a plataforma MBQ, os engenheiros da Volks aumentar o entre eixo do Virtus, dando mais imponência ao modelo.
O problema é que o preço também foi “esticado”. A Tribuna testou a versão topo de linha, o Highline 200 TSI, que parte de R$ 79.990, mais de R$ 10 mil de diferença para a mesma versão do Polo e praticamente com o mesmo conteúdo.
Apesar disso, o Virtus é muito confortável de dirigir. O motorista tem a seu dispor, banco, volante e espelhos retrovisores com muita amplitude e ajustes fáceis, o que proporciona o compartilhamento com pessoas de diferentes tamanhos. Porém, quem viaja com muito conforto são os passageiros. O espaço nos bancos traseiros é bem generoso e, mesmo com os bancos dianteiros totalmente recuados, as pernas de quem vai atrás não ficam espremidas.
Nesta versão Highline, que vem com motor 1.0 de 128 cv no etanol e 125 cv na gasolina, o interior é bem desenhado, apesar de apresentar materiais simples no acabamento. O painel é o que mais chama a atenção. Totalmente digital, traz diversas configurações com todas as informações que o motorista necessita.
A versão Highline vem equipada com: direção elétrica, ar-condicionado digital, trio elétrico com função tilt down no retrovisor direito, assistente de partida em rampa, alarme, chave presencial, sensores de estacionamento traseiros, computador de bordo, banco do motorista com ajuste de altura, controle de velocidade de cruzeiro, dois airbags dianteiros e dois airbags laterais, três apoios de cabeça no banco traseiro, ajuste de altura e profundidade do volante, controle eletrônico de estabilidade (ESC), controle de tração (ASR), bloqueio eletrônico do diferencial (EDS), descanso de braço dianteiro com porta-objetos, saídas de ar traseiras e porta USB para carga para a segunda fileira, faróis de neblina, iluminação no porta-luvas e porta-malas, luz diurna de led, porta-luvas refrigerado, sistema de som Composition Touch, rodas de liga-leve de 16 polegadas, suporte para celular com entrada USB para carga, tomada 12V e volante multifuncional com aletas.
O Virtus é divertido, ágil e gostoso de dirigir. Seu tamanho chama a atenção por onde passa e quando você pisa fundo no acelerador, o motor 1.0 TSi responde à altura e faz até você esquecer que está dirigindo um carro “mil”. A dirigibilidade é como a do Polo, com a vantagem de ter menos tendência a sair de frente. A suspensão é macia e confortável, mesmo em ruas de antipó e irregulares.
Resumindo, vale a pena investir, apesar do valor, o Virtus tem um bom custo-benefício e você terá em mãos um carro ágil, econômico e potente.
