Quem pensa que todo carro elétrico tem que ser feio? É simples ilusão. Prova de que isso não é verdade está na versão do esportivo Venturi Fétish, mostrado como protótipo no Salão de Genebra (Suíça), em março de 2002, e que acaba de atingir as formas e características que estarão no carro vendido ao público.
As linhas agressivas caem como uma luva na proposta de esportividade. Aliás, trata-se do primeiro modelo desse gênero produzido em série com motor elétrico, que pode levá-lo a 170 km/h, conforme o fabricante. Pode não ser muito, mas considerável se for levado em conta que não há toda energia de um bom motor a combustão sob o capô. Para compensar isso, houve grande economia de peso com o emprego de materiais leves e resistentes, como a fibra de carbono.
De acordo com o engenheiro responsável pelo projeto, o ex-projetista de Fórmula 1 Gérard Ducarouge, o Fétish pesa 750 quilos sem as baterias e 1.100 kg com elas. Além disso, tem autonomia de 350 quilômetros e requer 10 minutos de recarga para cada 16 quilômetros rodados.
O Fétish chega para tentar mudar a idéia de que os esportivos têm que ter motores a combustão com ronco forte. O silêncio do propulsor elétrico não implica em falta de potência e não polui, diz o fabricante.
Graças à tecnologia de ponta em baterias, atualmente usadas em computadores portáteis e celulares, pode-se chegar a uma versão para a indústria automotiva que tornasse possível armazenar bastante energia sem muito peso. São 180 kw, o que é suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5 segundos, feito conseguido apenas por motores acima de 330 cavalos… É isso aí, mas é verdade.