Dá para chamar um carro de popular com preços que giram entre R$ 22 mil e R$ 28 mil? Bom, no Brasil assim são conhecidos os modelos situados nessa faixa de tabela. Talvez a denominação seja mais apropriada se considerarmos a escassa oferta de equipamentos de conforto e segurança em nossos modelos de entrada. Mas, há países no mundo onde o “veículo popular” faz jus ao valor pago a maioria de origem indiana e chinesa. Sair da concessionária desembolsando apenas R$ 6 mil por um carro novo ainda está longe de ocorrer por aqui, mas lá fora é uma realidade. Conheça os dez modelos mais baratos do mundo, segundo levantamento do site The Richest. Todos abaixo dos R$ 20 mil e quatro deles vendidos também no mercado nacional, porém com o preço onerado pelo “Custo Brasil”.
Geely MR – R$ 11.058 (US$ 5.500)
O exemplar chinês é vendido nas versões hatch e sedã e, convenhamos, poderia figurar também na lista dos mais feios do planeta. O carrinho tem um motor 1.3, de 86 cv, ou 1.5, de 94 cv. O brasileiro ficará mais familiarizado com a marca a partir de agosto deste ano quando a Geely inicia seus negócios no país, via Uruguai. Do país vizinho virão um sedã, que não será o MR, e um compacto, produzidos na fábrica que será inaugurada no próximo mês. O grupo, contudo, tem planos de produção local e já visitou alguns estados, entre os quais São Paulo, Santa Catarina e Bahia.
Tata Nano – R$ 6.144 (US$ 3.056)
Em 2008, a indiana Tata Motors lançou o carro mais barato do mundo: o Nano, com preço sugerido de US$ 2.500 (cerca de R$ 5 mil). Esse título é mantido até hoje, com um pequeno reajuste no valor. O modelo chegou a ser bastante criticado pelo nível de segurança, mas foi aprovado em teste de colisão europeu e já é vendido no Velho Continente. O motor 0.6 litro de 33 cv leva o microcarro a 110 km/h de velocidade máxima. Apesar da pequena capacidade do tanque de combustível (15 litros), o consumo médio (combinando cidade e estrada) anunciado pela fabricante é de 22 km/l.
Chery QQ – R$ 9.612 (US$ 4.781)
No Brasil, o subcompacto está entre os modelos mais baratos. Porém, o preço acima é praticado no mercado chinês. Por aqui ele custa R$ 23.990, mesmo assim fica atrás apenas dos valores do Ford Ka (R$ 21.800) e do Fiat Mille (R$ 22.230). A versão vendida em solo brasileiro é a mais completa, com ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, sensor de estacionamento e rádio com MP3 e entrada USB. O motor 1.1 gera 68 cv e 130 km/h de máxima. A nova geração (foto) do carro chega ao Brasil no ano que vem que vem e será importada até 2015, quando começa a ser produzida na planta de Jacareí (SP).
Geely HQ SRC – R$ 11.599 (US$ 5.780)
Outro compacto da marca chinesa que não tem no visual seu melhor atributo. Como o irmão MR, o Geely HQ SRC é baseado no Daihatsu Charade, produzido na década de 1980. É um modelo liftback, termo usado para designar a carroceria hatch ligeiramente alongada, que se aproxima a de um sedã. Pode ser equipado com bloco 1.0, de 55 cv, e 1.3 este desenvolve 86 cv e é capaz levar o modelo a 160 km/h. Foi o primeiro produto feito pela Geely, lançado em 1998.
Suzuki Maruti 800 – R$ 10.040 (US$ 4.994)
Mais um dos inúmeros representantes do segmento de subcompactos da Índia. O hatch 800 é fabricado pela Suzuki Maruti, subsidiária local da marca japonesa e líder do mercado. É produzido desde da década de 1980. Baseado no Suzuki Alto K10, o modelo possui um diminuto motor de três cilindros 0.8, que entrega 47 cv. O consumo médio combinado (cidade-estrada) é de 18 km/l. Traz ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, airbag do condutor, sistema de áudio, entre outros.
Chery Face – R$ 14.703 (US$ 7.340)
O pequeno hatch chinês custa em seu país natal metade do que o brasileiro desembolsa pel,o mesmo modelo, que é R$ 29.990. Desembarcou por aqui em 2010 e, por enquanto, a sua venda é tímida em 2012 cravou 2,3 mil unidades. O valor de entrada lá fora é cobrada pela versão mais simples, bem menos equipada que a vendida no Brasil, que sai de fábrica com trio elétrico, direção hidráulica, ar-condicionado, freios ABS com EBD, duplo airbag, faróis de neblina, sensor de ré, rádio com MP3 e rodas de liga leve. O motor 1.3 gera 84 cv.
Tata Indica – R$ 17.027 (US$ 8.500)
Um dos mais bem sucedidos modelos da Tata Motors foi lançado em 1998 e é considerado o primeiro veículo inteiramente desenvolvido por uma empresa indiana. O Indica V2, como foi batizada essa geração do carro, tem o porte do Fiat Palio e do VW Gol e também é comercializado na Europa e África. Entre as variantes de motores oferecidos está o 1.3 Multijet diesel, de 75 cv, trabalhado em parceria com a Fiat. Destaque para o assento traseiro totalmente rebatível que abre espaço para a bagagem extra.
Fiat Palio – R$ 18.513 (US$ 9.242)
Para a surpresa de muitos o nosso conhecido Palio figura nessa lista, já que no Brasil o modelo atual (Novo Palio) parte de R$ 30.590. Porém, o levantamento da The Richest certamente se refere à versão Economy Fire, com motor 1.0, de 75 cv, cujo preço inicial é de R$ 24.270 já na linha 2014 e com duas portas. Com quatro portas (como na foto acima), o valor sobe para R$ 26.020. O preço citado pela entidade é praticado em outros países onde o hatch compacto também é fabricado, como em mercados africanos e asiáticos.
Hyundai i10 – R$ 18.221 (US$ 9.096)
É o modelo mais acessível da Hyundai no mundo. Oferece diferentes versões de motores, na configuração 1.1 e 1.2 litro (85 cv), com opção da transmissão manual de 5 velocidades e automática, de 4. Lançado em 2007, já é vendido na Argentina desde 2010, mas não deve vir para o Brasil tão cedo dado o sucesso do nacional HB20, que tem o mesmo perfil. No país vizinho, é vendido por cerca de R$ 25 mil. O modelo passará por um facelift este ano e será apresentado no Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro.
Dacia Logan – R$ 18.984 (US$ 9.477)
Na Europa, o Logan foi atualizado no fim do ano passado, juntamente com o Sandero, ambos produzidos pela romena Dacia, parceira da Renault. O sedã é um dos mais baratos no mundo, pelo menos longe do Brasil, pois em nosso mercado um zero não sai por menos de R$ 27 mil, e ainda com visual defasado. A expectativa é a de que essa mudança para a segunda geração chegue ao país ainda este ano, o que impulsionaria a venda do carro, cujo principal apelo atualmente é o custo-benefício, uma vez que o visual…
