Pequeno por fora, grande por dentro e com motor “flex” 1.0 respeitável, o Novo Uno duas portas é uma boa opção de compra. O visual do novo Uno deixa claro: trata-se de um novo carro com o velho nome.
O novo compacto urbano (básico, com duas portas) custa a partir de R$ 26.490,00, preço competitivo para um modelo de entrada. O Jornal do Automóvel avaliou o modelo Vivace duas portas completo, com ar-condicionado, direção hidráulica, ajuste de volante, vidros elétricos, duplo “airbag”, entre outros detalhes, que custa pouco mais de R$ 35 mil.
Seu interior é espaçoso para todos os cinco ocupantes. Pena que os encostos de cabeça dos bancos dianteiros não têm ajuste de altura. O espaço é bem aproveitado e repleto de porta-trecos, inclusive porta-óculos.
As duas portas são naturalmente inconvenientes, mas os bancos deslizam com facilidade, permitindo o acesso dos passageiros aos bancos traseiros. Mas se tiver crianças, esqueça a opção duas portas.
A Fiat caprichou mais nos acessórios, mais ainda falta muito para oferecer, o que as marcas chinesas dão de série, como “airbag” e freios ABS. O modelo ainda chama a atenção nas ruas e tem muita gente apostando na credibilidade do Uno.
O Vivace 1.0 é equipado um motor Evo Flex bem generoso, elástico e confortável na cidade. É um pouco barulhento, é verdade, mas não incomoda. O pedal da embreagem é um pouco duro, mas com o tempo o motorista se acostuma. O consumo é justo para o motor 1.0: médias de 7,8 km/l com álcool e 9,8 km/l, gasolina.
Na estrada, o Novo Uno teve desempenho acima do esperado. A 110 km/h, teve comportamento neutro, não ficou “passarinhando” na pista e até fez boas ultrapassagens.
O interessante é que, depois de embalar, o ponteiro do econômetro do Novo Uno fica sempre no verde, gastando menos combustível. Mesmo com pneus verdes, a aderência nas curvas foi satisfatória e segura. Em trechos sinuosos da estrada, em baixa ou média velocidade, o carrinho da Fiat surpreendeu. Parece até que o Uno “colou” na estrada. E o ruído interno foi baixo.
Em estrada de terra o Uno se comportou bem. Ele não é barulhento, também não é muito duro. E passa a sensação de que se adapta bem aos terrenos difíceis. Na cidade mostrou-se um carro prático.
Cabe em qualquer lugar e manobra com facilidade. Mas o desempenho em primeira marcha, em arrancada antes de passar para segunda, nos pareceu um pouco fraco.
Mas estamos falando de um carro com 1.000 cm3 de cilindrada no motor. A grande área envidraçada e os generosos espelhos retrovisores facilitam a vida do motorista na cidade. Para comprar o modelo duas portas é preciso pensar um pouco, uma vez que a diferença para o quatro portas é pequena. Como gosto não se discute . (BN)